Com o tema “Paradoxos do Iluminismo: uma homenagem a Kenneth Maxwell”, teve início na manhã desta segunda, 3, o III Simpósio Pombalino Internacional, no Auditório Libório Firmo, na Reitoria.
A abertura contou com apresentação de canto lírico de Aline Araújo e do pianista Leonardo Resende, ambos professores do Departamento de Música da UFS, e com conferência do embaixador brasileiro e professor Carlos Henrique Cardim.
“Estamos reunidos para discutir, aprender e trocar ideias sobre esses paradoxos. É um momento de reflexão, mas também de celebração do saber e da crítica construtiva”, disse o reitor Valter Santana.
Conferência
Partindo de uma pergunta que o próprio Marquês de Pombal fez em carta ao irmão, “Como governar o Brasil?”, Carlos Cardim tratou das visões do governante português para o nosso país, destacando a ideia de um Brasil continente, a busca da conciliação nacional e a ênfase na circulação de livros e na formação de pessoas.
Pombal esteve à frente do governo de Portugal e de suas colônias de 1750 a 1777 e implementou reformas administrativas e educacionais de grande impacto, como a mudança da capital de Salvador para o Rio de Janeiro e a imposição da língua portuguesa em todo o território brasileiro.
Palestrante
Carlos Henrique Cardim, 76, serviu como embaixador do Brasil na Argentina, Chile, Estados Unidos e Paraguai e foi diretor do Instituto Rio Branco. Doutor em Sociologia pela Universidade de São Paulo (USP), foi fundador e membro do Conselho Editorial do Senado. É professor da Universidade de Brasília (UnB) e autor do livro “A Raiz das Coisas - Rui Barbosa: O Brasil no mundo”, que será lançado durante o evento.
O simpósio
Promovido pela Cátedra Marquês de Pombal (ITP/ UFS), o III Simpósio ocorre de forma presencial até o dia 5 de junho e reúne especialistas de diversas áreas para discutir assuntos relativos ao século XVIII.
“Diferentemente de um congresso, onde há apresentação de alunos, comunicações livres, esse é um evento só para a apresentação de especialistas”, explica o professor Luiz Eduardo Oliveira, organizador do evento e coordenador da Cátedra.
“Um dos grandes temas deste evento é a chamada lei do diretório e os aldeamentos indígenas, mas também trataremos de diversas outras pautas, abordadas do ponto de vista da Linguística, História, Filosofia e Educação”, conta Luiz.
O evento contará ainda com o lançamento de livros, dentre eles uma obra inédita da pesquisadora e professora emérita da UFS, Beatriz Góis Dantas, “Povos indígenas em Sergipe: contribuição à sua história”.
A aluna do quinto período da licenciatura em História, Mariana Siqueira Campos, disse se interessar muito pelo assunto e veio ao Simpósio para "adquirir conhecimento". "Esse é o segundo evento promovido pela Cátedra do qual participo e gostei muito de conhecer essa iniciativa aqui na UFS", relata.
Honoris Causa
O III Simpósio terá seu encerramento com a cerimônia de concessão do título de Doutor Honoris Causa ao escritor, historiador e professor inglês Kenneth Robert Maxwell, reconhecido como um importante brasilianista e especialista em história ibérica. A outorga ocorre na quarta, 5, às 17h. Confira aqui a programação completa do III Simpósio.
Ascom