Para desenvolver a colaboração entre as instituições nos campos da pesquisa e do ensino, nas diversas áreas do conhecimento, foi firmado um convênio entre a Universidade Federal de Sergipe e a Universidade de Vechta, na Alemanha.

Para o reitor Valter Santana, essa é “mais uma parceria extremamente importante, para qualificar o nosso processo de formação e também a transferência de produtos. Fico muito feliz com essa parceria, com os feitos dos nossos professores, que abrem as portas dando condições para a universidade se inserir no cenário nacional e internacional.”

“Estamos trabalhando nisso há algum tempo, através da Cátedra Marquês de Pombal. É uma parceria que se solidificou através de publicações conjuntas com a professora alemã Christine Vogel – que esteve na UFS no ano passado para um minicurso –, e agora abrem-se muitas possibilidades através da formalização desse convênio”, conta o professor Luiz Eduardo Oliveira.

Assinado em abril, o convênio inclui a previsão de intercâmbio entre membros do corpo docente, do quadro técnico, e de discentes da graduação e pós-graduação das duas instituições, além da participação em eventos acadêmicos, programas de curta duração, atividades de intercâmbio cultural, cursos de treinamento, dentre outras atividades. E já rende frutos…

Atlantik-Kooperation

A primeira ação efetiva decorrente do convênio foi a participação, nos dias 10 a 14 de junho, de uma delegação com dois docentes e dois estudantes da UFS em uma semana internacional promovida pela universidade alemã.

“A International Week é um importante elemento da estratégia de internacionalização da nossa universidade: uma vez ao ano, todos os departamentos podem convidar parceiros internacionais para dar palestras nos cursos regulares e possibilitar que nossos estudantes tenham uma ‘internacionalização em casa’”, explica a professora Christine Vogel.

Durante a semana, foi possível ao grupo desenvolver perspectivas de pesquisa em conjunto através de uma série de eventos acadêmicos nos quais estudantes e pesquisadores de ambas as universidades estabeleceram intercâmbio acadêmico e discutiram conceitos centrais de pesquisa.

Cristine descreveu a visita como “um grande passo para a internacionalização e a cooperação transatlântica.” E concluiu: “Estamos ansiosos para prosseguir com as discussões que iniciamos e dar vida ao intercâmbio internacional e ao nosso acordo de cooperação”.

“Estudos alemães”
Estudante de doutorado no programa de Pós-graduação em Educação (PPGED), Emmerly Karoline avalia o intercâmbio como “extremamente proveitoso”. “A viagem serviu para mudar minhas perspectivas sobre a minha pesquisa. Essa mudança terá um impacto direto na minha produção acadêmica. As orientações dos professores serão fundamentais para que eu possa enriquecer o meu trabalho”, disse.

Na Alemanha, Emmerly apresentou o seu projeto de pesquisa “O lugar da mulher nas reformas pombalinas”, e pôde discutir conceitos fundamentais sobre o assunto com outros pesquisadores.

Uma outra estudante, esta do Mestrado em Letras (PPGL), também apresentou sua pesquisa a colegas alemães. Larissa Menezes Gomes tratou sobre o Diagnóstico do Processo de Internacionalização da UFS, e destacou a importância da semana internacional em razão da troca de conhecimento entre pesquisadores de diversos países, o diálogo interdisciplinar sobre temas relevantes, além da possibilidade de vivência intercultural acadêmica.

“Foi uma ação de internacionalização extremamente importante para a UFS, pois não apenas contribuiu para o intercâmbio acadêmico e cultural dos docentes e discentes envolvidos, como também possibilitou a exposição dos estudos e das pesquisas que vêm sendo desenvolvidos na nossa universidade”, disse.

Internacionalização
A internacionalização foi também o ponto destacado pela segunda docente a integrar a comitiva, além do professor Luiz Eduardo, a professora Elaine Maria Santos, também do Departamento de Letras Estrangeiras. Ela descreveu essa parceria como “um novo capítulo da internacionalização da UFS”.

“Teremos, com certeza, uma intensificação nas práticas de pesquisa, tanto por meio de novas ações de mobilidade acadêmica quanto pela possibilidade de um maior número de ações voltadas para um processo de internacionalização em casa, com a contribuição dos pesquisadores presentes, tanto de forma síncrona quanto assíncrona”, disse a professora.

Essa mesma expectativa é nutrida pelo reitor Valter Santana: “Esperamos que, dentro da política de internacionalização da universidade, essa parceria fomente e qualifique ainda mais a nossa instituição para que possamos seguir sendo a universidade que dá orgulho para a nossa comunidade, para a sociedade sergipana, transformando vidas pela educação”.

Luiz Eduardo explica que esse foi o “pontapé inicial para uma série de intercâmbios acadêmicos entre estudantes e professores de ambas instituições” e que, através do convênio, a UFS poderá concorrer, na Alemanha, a editais que preveem a parceria com instituições brasileiras que possuam histórico de colaboração acadêmica.

Ascom